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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

' O Maior Brasileiro ' Santos Dumont vence Tiradentes e se torna semifinalista no programa.


Após uma semana de votação, na noite desta quarta, 15 de agosto, Carlos Nascimentoanunciou o resultado da disputa entreSantos Dumont, representado por Lauret Godoy, escritora e conhecedora da história da Aeronáutica Brasileira, e Tiradentes, que teve como embaixador Marcus Guilherme Bianco, professor de História formado pela USP, em mais uma eliminatória de O Maior Brasileiro de Todos os Tempos.

Santos Dumont obteve 65,5% dos votos e se tornou mais um semifinalista no programa.



CONHEÇA A TRAJETÓRIA DE SANTOS DUMONT

Cada vez que caía, ele se levantava pronto para refazer cálculos, mudar projetos e voar novamente. Com coragem e audácia, Santos Dumont construiu o caminho para a conquista dos céus.

Na virada do século XIX para o XX, muitos inventores perseguiam o sonho de construir uma máquina voadora. Tanto pela fama, como pelos prêmios em dinheiro. Isso provocou rivalidades, roubos de projetos e outras falcatruas.

Mas Santos Dumont era diferente. Ele desenvolvia seus projetos em segredo. Mas, após voar e provar que estava certo, abriu os seus estudos para todos. Isso foi fundamental para o aperfeiçoamento do avião.

Assim como outras grandes invenções humanas, o avião não foi fruto da imaginação de uma só pessoa. Santos Dumont teve papel fundamental nisso, pois seus projetos apontaram a direção correta.

Até hoje existe a controvérsia sobre quem teria voado primeiro. Americanos? Franceses? O Brasileiro? Talvez essa discussão seja eterna. Mas para todos os povos, a genialidade de Santos Dumont é inegável. 


Ele é admirado na França, onde há um monumento em sua homenagem. E é também reconhecido pelos americanos que, em comemoração ao centenário do seu nascimento, deram o nome de Santos Dumont a uma das crateras da Lua.

São belas as homenagens ao menino que sonhava voar. Mas ele não queria ser um pássaro solitário. Hoje, seu maior desejo se tornou realidade: o homem voa.

LINHA DO TEMPO


Santos Dumont foi um menino sonhador. E seus sonhos deram asas à humanidade.

O mundo se maravilhava lendo o recém-lançado livro “A volta ao mundo em 80 dias”, de Júlio Verne. Enquanto isso, na cidade de Cabangu, no interior de Minas Gerais, nasceu, em 1873, um garoto que seria não só um leitor voraz de Julio Verne, como se inspiraria nas suas páginas para se tornar um grande inventor.

Em São Paulo, visitou uma exposição e viu pela primeira vez um balão aerostático. Em 1892, foi morar em Paris, onde completou seus estudos em física, química, mecânica e eletricidade.

Anos mais tarde, aprendeu a pilotar balões e começou a projetar seus próprios inventos.

Em 1898, Dumont construiu e voou com o seu primeiro balão, chamado Brasil. No mesmo ano, voou com seu dirigível número 1, o primeiro de muitos.

Em 1900, na França foi lançado o Prêmio Deustch e começou a corrida entre os inventores para criar uma máquina capaz de voar. O prêmio era de 100 mil francos. 

Santos Dumont queria ganhar o prêmio Deustch não pelo valor financeiro, mas pela fama. Depois de um acidente com o dirigível número 5, ele construiu o número 6, fez um voo de 30 minutos, ganhou o prêmio e o reconhecimento do público.

Após a conquista do prêmio, viajou pela Europa e Estados Unidos, enquanto continuava a melhorar o projeto dos dirigíveis.

Em 1906, depois de projetar vários dirigíveis e até mesmo um protótipo de helicóptero, Santos Dumont construiu o aparelho que ganhou o nome de 14-Bis. Foi um voo de apenas 220 metros. Parece pouco, mas o suficiente para entrar para a história.

No ano seguinte, projetou o pequeno Demoiselle, que seria o primeiro avião a ser fabricado em série.

Com o Demoiselle, em 1910, Santos Dumont atingiu uma velocidade incrível para época: 96 km/h. Depois, ele abriu a patente, ou seja, deu o projeto para todos que quisessem estudá-lo e aperfeiçoá-lo. Ele doou sua grande invenção para a humanidade.

Em 1913, a França reconheceu o gênio brasileiro com um monumento em Saint Cloud em comemoração ao voo do dirigível número 6.


Durante a primeira Guerra Mundial, Santos Dumont viu o seu sonho de voar se transformar num pesadelo. As máquinas que ele tinha ajudado a desenvolver agora carregavam bombas e matavam pessoas. O gênio ficou arrasado.

Em 1915, com problemas de saúde, voltou ao Brasil, onde se estabeleceu em Petrópolis. Em 1922, retornou à França e passou a viver entre a Europa e o Brasil.

Em 1926, apelou à Liga das Nações para que fosse proibido o uso de aviões em guerras.

Pouco depois, durante uma cerimônia em sua homenagem no Brasil, ele viu um hidroavião cair e matar seus ocupantes. Em depressão, voltou à Europa.

Nos últimos anos de vida, Santos Dumont ainda criou outros inventos mas, estava muito doente e abatido. Mesmo condecorado e reconhecido pela importante contribuição ao desenvolvimento da aviação, em 1932, Santos Dumont pôs fim a própria vida. O menino que sonhava em voar, alçou seu último voo.
 
 

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